É o estudo da produção e da distribuição de bens e serviços
entre os indivíduos e as sociedades. O economista estuda os fenômenos
relacionados com a produção e o consumo de bens e serviços que envolvam ou não
dinheiro. Ele ajuda a construir, a ampliar e a preservar o patrimônio de
pessoas, empresas e governos. Desenvolve planos para a solução de problemas
financeiros, econômicos e administrativos nos diversos setores de atividade -
comércio, serviços, indústria ou finanças. Esse profissional se dedica tanto a
grandes questões, referentes a um país ou a uma região, quanto a problemas de
pequenas empresas ou investidores individuais. Graças a essa versatilidade,
encontra trabalho em entidades privadas, institutos e órgãos municipais,
estaduais e federais. Pode atuar, ainda, como consultor autônomo.
PALAVRA DE PROFISSIONAL
Responsabilidade com clientes e credores
Como analista júnior de um banco, cuido dos processos que
envolvem a reserva do banco. Meu trabalho é gerenciar as entradas e saídas de
dinheiro, organizar as operações realizadas
como compra e venda de títulos públicos
e privados e determinar os preços e as taxas que serão repassados aos clientes. Preciso me
manter atualizado quanto à conjuntura política e econômica mundial para
conseguir definir as melhores remunerações e maximizar os lucros da empresa.
Esse trabalho requer responsabilidade, disciplina e conhecimento, para não
haver erros ou perdas. Pois, se houver, será sempre de muito dinheiro. Bruno Orselli, 25 anos, de São
Paulo (SP).
Mercado de Trabalho
Nos últimos anos, o número de empresas voltadas para a
gestão de recursos quase dobrou em centros como São Paulo e Rio de Janeiro.
"O número de economistas bem formados é fundamental para essas
empresas", diz Vinicius Carrasco, coordenador do curso da PUC-Rio.
"Por outro lado, a oferta dessa mão de obra especializada não acompanhou o
aumento da demanda e, como consequência, o mercado de trabalho está muito
aquecido." As melhores oportunidades para o economista estão associadas às
áreas financeira, macroeconômica e de estratégia e organização industrial. O
setor público também demanda economistas, em órgãos como o Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), Banco Central, além dos ministérios. As ofertas de emprego
concentram-se em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas a demanda tem aumentado nas
demais capitais e nas regiões para onde migram as indústrias. $ Salário
inicial: R$ 3.000,00 (prof. Ronaldo Herrlein Júnior, da UFRGS).
Curso
Analisar dados e fazer prognósticos exige mais que
conhecimentos técnicos. É preciso combinar a orientação teórica específica com
sólida formação histórica. Assim, além de matemática financeira, estatística e
econometria, o currículo traz disciplinas que ensinam a interpretaras diversas
correntes do pensamento econômico e a entender a evolução econômica e social
brasileira e internacional. As matérias optativas, por sua vez, aplicam o
conhecimento teórico e metodológico das ciências econômicas a outras questões,
como as relacionadas ao meio ambiente. A carga de leitura, em português e
línguas estrangeiras, é grande. É necessário uma monografia no fim do curso, e
algumas instituições podem exigir estágio como parte da formação. Prepare-se
para aguçar seu senso crítico, a fim de acompanhar os seminários e participar
dos debates em sala de aula sobre as ideias das diversas escolas econômicas. Em
algumas faculdades há graduação para áreas específicas de atuação, como
agroindústria. Atenção: muitas escolas oferecem o curso com enfoque específico,
como desenvolvimento regional, agroindústria e tecnologia da informação. A UFC
e a UFMG abriram, respectivamente, os cursos de Finanças e Controladoria e
Finanças. Duração média: quatro anos. Outros nomes: Ciên. Econ. e Desenv. reg.;
Econ.; fin. A Unifal-MG oferece um bacharelado interdisciplinar (Bi) em Ciência
e Economia. Durante um ano e meio, o aluno cursa um currículo básico com
disciplinas como matemática financeira, economia e tecnologia da informação.
Depois disso, tem mais um ano e meio para cumprir uma carga horária obrigatória
em que pode transitar por diversas áreas - controladoria, administração pública
e ciências atuariais – para ver com qual tem mais afinidade. Após obter o
diploma de bacharel interdisciplinar em Ciência e Economia, ele pode escolher
por um dos cursos opcionais (que têm duração de mais um ano): Administração
Pública, Ciências Atuariais e Ciências Econômicas com ênfase em Controladoria.
O que você pode fazer
Auditoria
Certificar contas, verificar a execução de contratos, acordos,
convênios, tanto em instituições públicas como privadas.
Comércio internacional
Planejar e promover negócios entre empresas de diferentes
países, estudando mercados e cuidando das operações de importação e exportação.
Economia agroindustrial
Estudar e planejar transações no setor de agropecuária,
analisando a demanda de produtos e a melhor forma de colocá-los no mercado
nacional e internacional.
Economia ambiental
Analisar projetos ambientais em indústrias, ONGs e órgãos
públicos. Fazer análises de impacto ambiental.
Mediação e arbitragem
Ajudar a resolver litígios comerciais entre empresas,
recorrendo ou não à Justiça.
Mercado financeiro
Analisar o mercado para decidir quais investimentos
realizar. Trabalhar como operador de bolsa de valores.
Perícia
Consultoria e apuração em operações financeiras.
Pesquisa
Levantar a variação de preços, de custos e outras
informações para indicadores econômicos, como índices de inflação, de
desemprego e o custo de vida.
Planejamento estratégico
Avaliar as oportunidades e os riscos de mercado para
redirecionar os negócios de uma empresa ou orientar aquisições e fusões.
Políticas públicas
Definir a política econômica de municípios, de estados ou do
país. Elaborar orçamentos que possibilitem as ações planejadas pelos governos.
As melhores escolas
5 estrelas
DF Brasília UnB. MG Belo Horizonte UFMG. Juiz de Fora UFJF.
Viçosa UFV Ciên. Econ. (agroneg.); Ciên. Econ. (econ.). PR Maringá UEM Ciên.
Econ. (agrícola); Ciên. Econ. (empr.); Ciên. Econ. (reg.). RJ Rio de Janeiro
FGV Econ., Ibmec-RJ, PUC-Rio, UFRJ. RS Porto Alegre UFRGS. SP Campinas Unicamp.
São Paulo FGV-Eesp Econ., Insper Inst. de Ens. e Pesquisa, USP.